Era uma vez em um país muito longe daqui chamado CORPORAÇÃO, um grande rei chamado CEO que um dia, ao avaliar os orçamentos do próximo quarter , viu que o custo com os computadores e todos aqueles sistemas, redes, bancos de dados, storages (que coisa seria isto ?!?) e serviços outsourceados eram de arrepiar.
Curioso com os vultosos valores, ele foi aos seus súditos e perguntou:
Os súditos ainda explicaram como é danoso para o país CORPORAÇÃO quando a informática, que agora se chamava TIC, não funcionava direito. Isto gerava várias perdas financeiras, insatisfação interna e externa e eventualmente redução do valor do bom nome do país CORPORAÇÃO.
Então o grande rei CEO, já convencido da importância da tal de TIC, em tom sério e solene, fez outra pergunta:
– Será que esta é a melhor TIC que podemos ter pelo grande preço que estamos pagando?!?
Esta pergunta, dentre todas as sábias perguntas (… todos sabiam que, por definição, todas a perguntas e afirmações do rei são sábias) do grande rei CEO, era uma das mais sábias e também difícil de ser respondida. Então os súditos presentes, tentando passar o mico para outro, foram céleres buscar outro súdito chamado CIO, que nunca estava presente a este tipo de encontro, para responder o questionamento do rei.
Estando o CIO em frente ao rei CEO, e todo o resto dos vassalos reunidos, respondeu ao grave questionamento:
O grande rei CEO não ficou satisfeito com a resposta, talvez porque ignorasse completamente o que fosse um servidor, uma rede e o tal de “link” (que bem poderia ser um sobrenome…) e ponderou que já que sabiam quanto custava a tal da TIC, tinham que saber quanto ela vale, e perguntou:
Esta sim era uma pergunta de amargar, que ninguém, nem o CIO, sabia responder. Mas pensando em como atender ao seu grande rei, o CIO lembrou de uma conversa que ouviu em uma de suas idas a taberna do bit quebrado, e então falou:
Boquiabertos e interessados, todos os presentes, menos o rei CEO (que por ser sábio por definição, não pode se dar ao desfrute de ser igual aos demais), perguntaram:
– OHHHHHH!
– Exclamaram todos os súditos.E o CIO continuou – E ainda dá para gerenciar o valor agregado dos serviços escolhendo em quais serviços faremos mais investimentos e em quais faremos menos.
Interessado, o grande rei CEO, perguntou.
– Chama-se ITIL e faz o controle do valor agregado através do gerenciamento do ciclo de vida dos serviços listados em um CATÁLOGO DE SERVIÇOS – e comentando com o súdito mais próximo em tom de confidencia – … encantos e sortilégios pesados mesmo.
Foi quando, lá do fundo da sala, outro súdito magrinho, de óculos e cheio de revistas especializadas em TIC na mão, disse …
– UHHHMMM! – Exclamaram todos os súditos, ponderando sobre os argumentos do súdito mirrado.
Ao perceber que tinha chamado a atenção com seu argumento, o súdito mirrado viu a possibilidade de se promover e, quem sabe, até mesmo de ter o título honorifico do CIO e continuou…
O grande rei CEO que não era bobo nem nada para confiar em oportunistas interesseiros, agradeceu ao súdito mirrado dando-lhe o controle do setor de administração de filtros de café e contagem de clips de papel da CORPORAÇÃO. E pediu ao CIO para buscar um mago de muita prática nas artes do ITIL, para trabalhos consultivos em Gerenciamento de Serviços de TIC.
Algumas semanas depois, o CIO voltou com um mago de barbas brancas, chapéu pontudo, que criava rinocerontes, muito conhecido nos arredores da CORPORAÇÃO, e renomado especialista em ITIL.
O mago, depois de realizar o diagnóstico de maturidade de processos da TIC da CORPORAÇÃO, declarou:
– Tudo começa com o CATÁLOGO DE SERVIÇOS. Depois os outros processos...
Então a equipe de TIC da CORPORAÇÃO criou o catálogo de serviços e discutiu o valor de cada serviço (usaram as palavras mágicas UTILIDADE e GARANTIA para definir o valor do serviço), começaram a administrar os Níveis de fornecimento DEFAULT e por fim, o custo e o investimento a ser realizados em cada serviço.
Depois eles começaram a qualificar os processos até um nível de maturidade adequado, inclusive com a sagração de alguns GERENTES DE PROCESSO (… mas isto é outra história…).
E depois de um tempo, o grande país CORPORAÇÃO, por conta de sua competência em administrar serviços de TIC, tornou-se muito mais eficaz, eficiente e tomou uma posição de BEST-IN-CLASS no seu segmento de atuação.
E foram todos felizes para sempre…
Menos o súdito mirrado e alguns outros revoltosos que continuavam a achar que isto, mais cedo ou mais tarde… “não vai dar certo”.
O FIM.
ow tava com saudade dos seus Posts mano.
Bjo!