Para maximizar a obtenção de valor para as empresas, a Forrester recomenda a nomeação de um gestor de TI verde e o investimento em na melhoraria dos processos.
A gestão da TI verde começa a exigir pelo menos um responsável dentro das empresas, em vez de mais tecnologia. Por mais que a eficiência de tecnologias e processos aumente, a formação das pessoas continuará a ser a mola propulsora mais sustentável das boas práticas “verdes“.
O estudo Forrester Global Green IT Online Survey alerta que a falta de coordenação para uma computação mais verde produz resultados inconsistentes, difíceis de medir e de replicar. No entanto, a consultora diz também que o papel do gestor das TI “verdes” existe de alguma forma em 32% das organizações pesquisadas, e continuará a crescer. As razões para o crescimento incluem o fato de muitas vezes o departamento de TI desempenhar um papel fundamental na coleta de informação, análise e relatórios para o projeto de sustentabilidade. Além disso, a abrangência da TI verde é muito mais ampla.
Embora a maioria (quase 70%) dos participantes do estudo declare não estar implantando projetos de sustentabilidade, apenas 25% disseram ter em prática um plano abrangente de “green computing” para TI. Em consonância, 44% consideram que na sua empresa não há uma definição clara da propriedade das iniciativas de TI “verdes” e 57% reclamam lidar já com demasiadas prioridades concorrentes.
TI verde não trata apenas da questão da aquisição do hardware mais eficiente para o centro de dados. Também exige o aproveitamento de software e de serviços, além do alinhamento entre processos e pessoas. Acontece que, na maior parte das empresas que olham para a TI verde, o responsável pela TI acumula esta função. Até porque estes temas tanto podem ser impulsionados por uma postura de maior consciência ambiental e social, como por razões de eficiência financeira. Muitas vezes, considerar a criação de “mais um posto de trabalho” com essa função específica é vista como um exagero. Mas já há quem preveja um certo o grau de inevitabilidade para a evolução do “modo de ‘governança’ em direção à nomeação de pessoas dedicadas à função de gerir a computação cada vez mais verde.
Mas atenção: apesar disso, “não será a designação de alguém para a gestão da TI verde que funcionará como catalisador para a sua implementação. Será preciso também que os administradores, gestores de marketing e comerciais adotem os conceitos de TI verde com a naturalidade de uma evolução tecnológica nos respectivos setores. O que as empresas realmente necessitam é ter a consciência de que a adopção da TI verde deve ser transversal a toda a empresa. Além disso, será importante o corpo organizacional assumir como certa sua contribuição na redução de custos e racionalização de investimentos já feitos em tecnologia.
Qualidades de um gestor
A Forrester acredita que os gestores das TI “verdes” podem gerar valor financeiro e ambiental ao determinarem a abrangência do projeto, desenvolverem novos programas, justificando e hierarquizando gastos, e relatarem os sucessos das suas atividades de sustentabilidade.
Justamente por isso, esse gestor deveria ser tipicamente um diretor de TI, uma vez que as principais áreas de otimização são o ‘data center’ e os postos de trabalho. Estes últimos consolidam equipamentos e utilizam novas tecnologias, não esquecendo a reciclagem de equipamentos e a educação dos colaboradores para a adoção de novos hábitos.
O sucesso do gestor das TI verdes pode ser medido pelo custo de monitoramento e redução do impacto ambiental, melhorias de produtividade e aumento de receita.
Na opinião da Forrester, este tipo de gerenciamento deve estar sob a responsabilidade do administrador de infraestrutura e operações porque a maioria das iniciativas de TI verde é focada em centros de dados e em recursos distribuídos. Na visão da consultora, entre o leque de qualidades de um bom líder de TI verdes estão o entusiasmo manifestado com a questão ou os conhecimentos para arranjar soluções de TI. Mas a sensibilidade com os desafios de negócio também é importante, assim como a capacidade de coordenar e motivar as partes interessadas em toda a empresa (especialmente os mais céticos). Além disso, a Forrester acredita que os indivíduos com formação ampla em tecnologias e aptidões de gestão – necessárias para conseguir justificar os seus investimentos -, serão os mais habilitados.
Fonte: CIO
Correto..o que sempre tenho encontrado nas empresas é uma enorme falha na gestáo do uso e aplicações da tecnologia ..
Muito boa sua matéria de hoje, mais importante que tecnologia é um ser humano para gerí-la, afinal as máquinas não fazem tudo sozinhas, precisam de alguém para programas para fazer.
Abraço.
Com certeza Marco… o maior recurso de qualquer empresa é o humano e não o tecnológico. Abraço!