O papel da Tecnologia de Informação, cada vez mais importante para na administração das empresas, se ajusta à enorme diferença da força de trabalho e do ambiente de negócios.
Vice-presidente da empresa de análises Forrester, Marc Cecere disse à Computerworld britânica que modelos completamente novos de trabalho em TI irão se desenvolver na próxima década.
À frente do Forrester IT Forum, que acontece na próxima semana em Barcelona, Cerece afirma que os departamentos de tecnologia estão começando uma grande mudança para enfrentar maiores demandas de usuários implementarem ou usarem seus próprios sistemas. A transformação também estava sendo proposta por vastas mudanças no número de fornecedores de negócios externos.
“Não há dúvida que o número de áreas de TI vão se tornar mais gerenciais, assumindo o papel de mediador”, disse Cecere. “É uma transição da construção para a consultoria”.
“No momento, a TI está realmente sobrecarregada. Não há capacidade e há muito o que fazer”, conta o vice-presidente. “Por outro lado, há pessoas com conhecimento em tecnologia que ocupam posições gerenciais, assim como aquelas que entram para a classe profissional com todos os tipos de demandas em tecnologia”.
Enquanto os departamentos de TI eram claramente os experts em tecnologia, existe mais pressão de uma força de trabalho reivindicando implementar sua própria tecnologia. Como resultado, a equipe de TI teria que gerenciar essas mudanças e garantir que a equipe entenda as implicações de ensinar novos usuários.
“Sempre existiram alguns departamentos rodando sistemas, sob supervisão. Vai haver muito mais desse tipo de monitoramento e será muito mais óbvio”, diz Cecere.
De acordo com o vice-presidente da Forrester, outro desafio é a contínua expansão de outsourcing e da computação em nuvem, que requer “muito gerenciamento do que as pessoas esperam”. Ele também disse que “pode existir um ponto em que as pessoas sintam que estão lidando com muitos fornecedores externos, então elas podem começar a reduzi-los. Isso traz desafios de gerenciamento em TI.”
Cerece afirma que a mudança “ainda está em seus primeiros dias”, mas suas conversas com profissionais de TI confirmam que isso estaria acontecendo, e rápido.
“Você terá que estar à frente dessa curva”, recomenda o vice-presidente. “Você tem uma força de trabalho jovem com sua própria tecnologia, que também espera ver rapidamente sistemas desenvolvidos”.
“Você também terá que informar sua equipe sobre o impacto que esses sistemas já estão gerando e o que ainda está por vir”.
Mas não é bom os departamentos de TI se transformarem em pessoas que sempre dizem “não” a novos sistemas, afirma Cerece. “A chave é habilitar os sistemas. É preciso mostrar às pessoas como fazer o que elas querem, de uma forma eficiente”.
Para o vice-presidente da Forrester, os departamentos de TI também precisam ser “muito claros sobre quem executa qual sistema e de quem é a responsabilidade sobre ele”.
Autor: Leo King, Fonte: CIO
ITIL.Pro 
Esse artigo é intrigante e provoca muitos pensamentos sobre o que deveríamos mudar em nossa forma de gerenciar os recursos de TI e os recursos humanos. Posso afirmar que não podemos, por um bom tempo, deixar que os usuários brasileiros ditem o que querem, pelo menos na minha opinião, pois, a maturidade e o conhecimento sistêmico ainda é muito trivial.
É verdade Maurilio, é preciso desenvolver melhores formas de gerenciar recursos de TI e principalmente recursos humanos, algo que infelizmente vem caindo de nível com o tempo!
As empresas estão preocupadas demais com seus sistemas e com os usuários e esquecem de quem cria, desenvolve e gerencia. Situação triste, que precisa ser mudada!!!
Grande abraço!