Pesquisador do MIT identifica pilares da liderança de sucesso

Para pesquisador do Massachusets Institute of Technology, os gestores devem dar orientações claras para as equipes, não podem contratar funcionários mais qualificados do que o necessário e precisam dar o reconhecimento aos profissionais
Redação CIO Brasil Publicada em 18 de fevereiro de 2010 às 11h00

Mesmo com dispositivos móveis e tecnologias de telepresença, um antigo dilema no mundo corporativo ainda tira o sono dos gestores: como manter a liderança e estimular o bom desempenho das equipes em situações adversas como crises econômicas, mudanças organizacionais internas ou até períodos de ausência física dos decisores.

De olho nessa questão, o pesquisador do segmento de macroeconomia do MIT (Massachusets Institute of Technology) Robert Akerlof, realizou uma pesquisa e identificou os principais pontos nos quais os líderes devem estar atentos para manter índices de alta performance sempre.

Entre eles, estão a orientação clara e objetiva dos colaboradores, a explicação sobre a relação das ações realizadas no departamento com a estratégia corporativa global, a não contratação de funcionários mais qualificados do que o necessário e o reconhecimento justo pelo sucesso obtido.

Isso porque, em primeiro lugar, segundo Akerlof, quando um colaborador não recebe direcionamentos claros tem mais chances de utilizar a ambiguidade da orientação a seu favor. “Um exemplo disso é quando um funcionário não cumpre determinada meta e, então, justifica-se afirmando que não entendeu a ordem passada pelo líder”, afirma o pesquisador, que complementa: “Em uma ocasião dessas, se o gestor não estiver certo de que se expressou claramente, não poderá cobrar melhor desempenho da equipe.”

Já no que diz respeito à contratação de funcionários mais capacitados do que a média, o especialista destaca que tal atitude é um erro muito grande. Além de o colaborador superior deixar os demais em situação desconfortável, ele pode questionar demais as coordenadas do líder e gerar um clima de discórdia no departamento. “Quando uma pessoa reclama e questiona o conhecimento do gestor, acaba por contaminar os demais colegas”, afirma Akerlof.

Ele aconselha atenção especial a esse quesito de liderança no momento atual porque, com a retomada das contratações e os muitos executivos em busca de recolocação profissional, o líder pode sentir-se tentado a contratar candidatos mais qualificados do que o necessário aos cargos em aberto. “É preciso cuidado com isso, já que uma parceria aparentemente vantajosa no primeiro momento pode se tornar o núcleo de uma crise no futuro”, defende o pesquisador.

Finalmente, em relação ao reconhecimento sobre o trabalho realizado, Akerlof afirma que as lideranças precisam mostrar aos destaques da equipe que conhecem seus esforços e qualidades e, quando possível, bonificá-los financeiramente por isso.

“No entanto, sabemos que com os orçamentos cada vez mais apertados, a bonificação pode ser complicada e, em vez disso, o gestor pode apostar em oferecer dias de folga aos melhores colaboradores, por exemplo”, conclui.

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